O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
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2 comentários:
ahh
fantástico esse poema!
levo sempre guardado em minha
memória!
=)
ahhhhhh
amo esse poemaa!
é um dos q eu sei decor!
Fernando Pessoa é incrível..
"valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena"!
^^
=D
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